domingo, julho 30, 2006

Até quando?

Acabo de assistir, horrorizada, ao resultado do pior massacre israelita desta guerra, mais precisamente na cidade de Caná.

Os primeiros números números oficiais falam em mais de 70 vítimas, a maior parte CRIANÇAS.

As desculpas esfarrapadas são sempre as mesmas e só eles conseguem saber o que mais ninguém consegue ver, mesmo quem está no terreno.

E eu pergunto:

Será que ninguém consegue travar estes assassinos?
Vamos continuar a assistir a esta carnificina, comodamente sentados nos nossos sofás?

Até quando?

sexta-feira, julho 28, 2006

Revolta

Hoje sinto-me revoltada comigo, com o mundo, com tudo o que me rodeia.

Tenho tanta necessidade de conversar!

Desculpem, foi um desabafo.

quinta-feira, julho 27, 2006

teste de chinesisses

este post é um teste para ser apagado. cão, mãe, caçula, música, ópera

terça-feira, julho 25, 2006

Vazio

Porque é que há dias em que, sem motivo aparente, nos sentimos tão vazios, em que não conseguimos vislumbrar uma luzinha ao fundo do túnel?

sábado, julho 22, 2006

Uma casa com alma e coração

Na passada semana(dia 13) foi inaugurada a CASA DO GIL um projecto que me merece o maior carinho.

Alguém sonhou, muitos deram o seu esforço, o seu contributo e o sonho tornou-se realidade.

Este projecto único em Portugal, e, o mais ambicioso da Fundação do Gil, onde eu pude testemunhar como poucas pessoas podem fazer muito, tem por objectivo o acolhimento de crianças, que embora com alta hospitalar, continuam internadas por períodos prolongados.
A Casa do Gil tem como objectivo apoiar a reinserção gradual dessas crianças.

Já vi a Casa. Garanto-vos que está linda, linda, um sonho mesmo.

Por isso gostava de aqui deixar um pedido:
Sempre que souberem de acções para angariar fundos, por favor contribuam, mesmo que seja com pouquinho.

A Casa do Gil precisa de todos nós.

sexta-feira, julho 14, 2006

Obrigada

Este meu primeiro post é um agradecimento muito sincero a quem me despertou o interesse para o mundo fascinante da blogosfera.

Em primeiro lugar às minhas madrinhas 125_azul e C_mim que, apesar dos seus inúmeros afazeres, tiraram um tempinho para me oferecerem este blog lindo, lindo, como presente de aniversário.

Arara azul é a pessoa mais bonita que alguma vez conheci e C_mim(mais conhecida por fadinha dos blogs) tem tido comigo uma atenção a que que não estou de todo habituada.
Foi ela que postou por mim os poemas anteriores.

Do outro lado do Atlântico, a minha querida Ursa Mãe que tão carinhosa e atenciosa tem sido para comigo.
Por altura do meu aniversário fez 2 posts maravilhosos onde me colocou ao lado de familiares e amigos, deixando-me completamente emocionada.

E COM que tem trocado comigo pontos de vista muito interessantes e que, de volta e meia, vem tomar o nosso chá das 5.

Para todas, o meu MUITO OBRIGADA.

quinta-feira, julho 13, 2006

Menina estás à janela??

Menina estás à janela
Com o teu cabelo à lua
Não me vou daqui embora
Sem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tua
Sem levar uma prenda dela
Com o teu cabelo à lua
Menina estás à janela

Os olhos requerem olhos
Os corações corações
Os meus requerem os teus
Em todas ocasiões

Canção tradicional
Cancioneiro português

Em milhares de janelas
Em milhares de lugares
Uma menina espreita
Procurando outros olhares
Sofia d'Oliveira

segunda-feira, julho 10, 2006

O meu amor...

Teresinha: O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada, ai
Lúcia: O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos
Viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo
Ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai
As duas: Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
Lúcia: O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca
Quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai
Teresinha: O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
E me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai
A duas: Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz

Melga Meiguinha conta aí ao seu povão quem escreveu esta música e onde ela é cantada...

sábado, julho 08, 2006

canto moço...

Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flôr no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noita inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo duma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca

Diga a este povo daqui e de além mar... Quem foi Zeca Afonso?

segunda-feira, julho 03, 2006

princesa desalento


Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É magoada, e pálida, e sombria,
Como soluços trágicos do vento!

É fágil como o sonho dum momento;
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria:
Minh'alma é a Princesa Desalento...

Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!

O luar ouve minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta...

Florbela Espanca
Grata por terem vindo.
É para vocês que passarei a escrever a partir de amanhã!