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Mulher de coragem

A Alice era a mais nova de 10 irmãos embora 5 tivessem partido ainda crianças.

Não se pode dizer que teve uma infância feliz mas pelo menos cresceu numa família abastada.
Com a morte do pai que entretanto tinha dado cabo da fortuna, teve que aprender uma profissão e até era boa no que fazia.

Enamorou-se e alguns anos depois casou. Como era normal naquele tempo, deixou de trabalhar fora de casa para de dedicar ao marido e à vida doméstica.
Anos mais tarde, talvez anos demais, teve o único filho que era o ai-jesus dos pais e de 3 tias solteiras que entretanto tinham deixado a vida activa e iam vivendo lá por casa, ajudando em tudo o que era preciso.
Parecia que tinha tudo o que uma mulher desejava naquela altura.
Uma casa bonita, sempre super limpa(tinha a mania das limpezas)uma boa situação financeira, um filho saudável e um marido que parecia estimá-la(digo parecia porque mais tarde veio a saber-se que a estima e o respeito eram poucos).

Quando as irmãs adoeciam era ela que as tratava a quando a morte chegou para 2 delas, foi ela que sempre esteve às suas cabeceiras.

Uns anos mais tarde a Alice começou a não andar bem.
Deixou de se preocupar com a casa e com a família e passava os dias triste e sem vontade de fazer nada.

Foi seguida por vários psiquiatras que a enchiam de medicamentos, de tal forma que já nem vontade tinha para se levantar.

Tentou o suicídio por 2 vezes mas feliz ou infelizmente numa das vezes o marido chegou do médico muito antes do que era costume e na outra o irmão resolveu fazer-lhe uma visita sem avisar como se pressentisse que algo não estava bem.

O marido também ficou preso a uma cadeira de rodas mas o filho providenciou para que alguém os tratasse com a ajuda da irmã ainda viva.

Uma manhã Alice acordou bem disposta, fez questão de ser ela a tratar do marido e depois disse que lhe apetecia dar uma voltinha.Saiu e não mais voltou.

Aos olhos de muita gente foi um acto de cobardia.

Mas para mim e ao fim de alguns anos, a Alice voltou a ser uma MULHER DE CORAGEM.

Tomara que a Alice esteja bem, serena dentro da opção que fez! Que bem que a menina escreve estas histórias! Vamos contar mais? De certeza que sabe muitas, muitas outras... Beijinhos

Adorei esta história!
Que tal continuar nesta "linha" de contar casos?

Pra mim, Alice- a que "não mora mais aqui"- como no filme, mudou para outra cidade, arranjou um gajo rico e viajeiro que alevou a mares nunca dantes navegados!
beijos querida e veja o que está havendo com os provedores daí que me devolvem as mensagens que te escrevo!

Um bem haja a todas as Alices perdidas neste mundo, ainda que por momentos e que, finalmente, enchem o peito de coragem e mostram do que uma mulher é capaz.

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